Já falamos aqui algumas vezes que não poucas as empresas que se referem aos dados como o novo petróleo, tentando, com essa analogia, dar o valor que esse tipo de informação tem. Dados são extremamente importantes e começaram a ganhar mais visibilidade no Brasil com a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em setembro de 2021.
O que até então não merecia muita atenção está começando a ganhar relevância, ao ponto de hoje existir uma área do conhecimento dedicada a estudá-los: é a ciência de dados, como veremos neste conteúdo.
Sumário
● Por que a ciência de dados é tão importante?
● Como a ciência de dados ganhou impulso no Brasil?
● Qual a relação entre ciência de dados e estatística?
● Dicas para fazer uma boa gestão e ciência de dados
O que é ciência de dados?
De forma bem simplificada, a ciência de dados é a área que se dedica a estudar os dados e retirar deles insights que possam ajudar uma empresa ou organização a tomar decisões estratégicas.
Para isso, são combinadas análises e processos de estatística, matemática, engenharia da computação e até de inteligência artificial para entendê-los e usá-los da política à economia, passando pela área da pesquisa em saúde, entre outras.
Por meio da análise das informações, é possível mapear comportamentos, identificar tendências e até estabelecer políticas públicas a partir delas. Conhecida também como Data Science, essa ciência permite extrair dados e usá-los da melhor forma possível.
Vejamos o caso da Ciência, por exemplo, na qual há metadados que devem ser analisados e organizados para a adequada interpretação, inclusive por pesquisas de diferentes áreas do conhecimento.
No caso específico do desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, sem dúvida, a ciência de dados ajudou a encurtar processos à medida que deixou a cargo de computadores e sistemas ultramodernos milhares de informações que, se fossem analisadas por seres humanos, atrasariam indefinidamente a chegada da vacina até nós.
A mesma ciência de dados foi usada no ano passado pelo Ministério Público de Santa Catarina para desenvolver uma ferramenta de business intelligence (BI) para fiscalizar a vacinação e detectar casos de fura-fila.
Por que a ciência de dados é tão importante?
Poucas empresas, por falta de visão, de compreensão ou especialmente de dinheiro, conseguem mensurar o tamanho do mercado de dados. Os chamados Big Data se tornaram um ativo de expressivo valor comercial.
Estudo apresentado no Fórum Mundial de Davos, em 2019, revelou que o compartilhamento dessas informações entre companhias de diversos países pode movimentar US $3 trilhões em negócios. Da mesma forma que chama a atenção, a manipulação desses dados preocupa seus proprietários.
Mas, embora seja extremamente importante e estratégico para a tomada de decisões, o mapeamento, a organização e a análise de dados nem sempre são levados a sério pelas empresas. Pelo menos foi o que constatou o Índice de Maturidade Analítica, do Cappra Institute, instituto de pesquisa de Canoas (RS), elaborado em 2020. Segundo o levantamento, o uso de dados por aqui não é constante.
Esse descaso pode ser decorrência da falta e cultura do uso de dados na empresa ou simples desconhecimento de que, mesmo sem ter uma área estruturada para a ciência de dados, é possível, independentemente do tamanho e dos recursos disponíveis, contar com empresas especializadas nesse mercado.
Como a ciência de dados ganhou impulso no Brasil?
É inegável que a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados, em setembro do ano passado, deu início a uma nova era de cuidados com todo tipo de informação. A partir de então, as empresas passaram a ter ainda mais responsabilidade na coleta, tratamento, armazenamento e uso de dados dos clientes, como vamos entender.
Vale lembrar que é sempre mais seguro tomar decisões embasadas na informação. Isso é especialmente valioso no caso de investimentos. Afinal, um investidor precisa estar cercado por dados qualificados para tomar decisões acertadas sobre onde e como investir, por exemplo.
Sem falar que decisões acertadas, baseadas em dados, diminuem custos porque reduzem também as chances de fazer escolhas erradas, que geram gastos e, muitas vezes, prejuízo. Por isso, o processo de ciência de dados é tão importante.
Como sabemos, a pandemia, que impôs distanciamento social, acelerou a digitalização de operações. Isso gerou um volume enorme de dados, o que, por suavez, aumentou a complexidade de como avaliar e tratar essas informações.
Qual a relação entre ciência de dados e estatística?
Podemos dizer que a ciência de dados depende da estatística porque é ela que vai fornecer os métodos e as teorias que serão usados para analisar, modular e tratar os dados.
Além da estatística, a ciência de dados usa algoritmos avançados de inteligência artificial, deep learning e machine learning. Por isso, é tão compreensível que as organizações, dependendo do segmento de negócios e do porte, não tenham a expertise necessária para implementar uma área de ciência de dados. Nesse caso, optar por parceiros tecnológicos pode ser o caminho para garantir a proteção dos dados e ajuda no uso estratégico, como diferencial competitivo.
No mercado existem empresas que possuem ferramentas tecnológicas capazes de lidar com uma grande quantidade de informações e dados, a chamada Big Data – área do conhecimento que estuda e lida com uma quantidade superior de informações que não podem ser processadas por sistemas tradicionais.
Cada área – varejo, finanças, saúde, entre outras – tem ferramentas específicas que podem gerar dados valiosos, relatórios ou mesmo serviços de inteligência artificial capazes de melhorar a eficiência operacional. Para isso, existem empresas com expertise para oferecer a solução mais indicada para cada segmento de negócios.
Dicas para fazer uma boa gestão da ciência de dados
Como já foi dito, é importante lembrar que a informação tem valor, mas também validade, como qualquer outro item. Esse conceito é conhecido como Data Shelf-Life e tem relação com o tempo útil de uma informação.
Aqui, é importante destacar que uma informação pode se tornar inútil, mas ainda não precisa ser descartada. Muitas vezes, esse dado é atualizado e validado para estender seu prazo de vida.
Claro que isso gera custos. Então, a empresa precisa avaliar se vale a pena o investimento. Quando realmente não tem mais validade e precisa ser descartado, é o que chamamos de Data Half-Life.
A BigData Corp tem expertise em todas as áreas de negócios, sendo capaz de apoiar projetos que possuem informação em seu DNA. Com a informação de qualidade, trabalhada da forma correta, as empresas conseguem tomar decisões acertadas e que vão potencializar seus resultados.
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