Em 2021, foram registrados no Brasil 4,1 milhões de movimentações suspeitas, de acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. Esse número é 16,8% superior ao do ano anterior, quando foram detectados 3,5 milhões de ataques à segurança digital. Confira neste conteúdo o que fazer para proteger dados.
Sumário
● Conheça os tipos mais comuns de fraude que põem em risco a sua segurança digital e a das empresas
● Diferenças entre segurança e privacidade digital
● Iniciativas para manter a segurança digital e a proteção de dados
● Que cuidados o cliente precisa ter para garantir a segurança digital de suas informações?
● Como montar um eficiente sistema de segurança digital
O que é segurança digital?
Antes de compreendermos o que é segurança digital, precisamos entender a razão dos ataques terem aumentado durante a pandemia. Isso aconteceu porque os sistemas e equipamentos ficaram mais expostos, já que as pessoas tiveram que trabalhar de casa, seguindo as orientações do distanciamento social necessário naquele momento.
Além disso, houve aumento das compras online e de mais acessos ao internet banking, além do uso expressivo de cartões de débito e crédito. Com as fragilidades detectadas nesses sistemas, vieram os ataques. É importante entender que as tentativas de fraude ocorrem quando o criminoso encontra uma oportunidade, que pode ser decorrente de falhas ou mesmo de sistemas antifraude pouco eficientes.
Quando acontecem, as invasões aos sistemas podem ser responsáveis por danos às pessoas e às empresas. De posse de informações sigilosas ou financeiras, os cibercriminosos podem fazer compras, empréstimos, abrir empresas ou mesmo oferecer essas informações no mercado. Portanto, a segurança digital procura proteger pessoas e sistemas desse tipo de ocorrência, como veremos a seguir.
Conheça os tipos mais comuns de fraude que põem em risco a sua segurança digital e a das empresas
Você já deve ter ouvido alguns desses termos para designar os tipos mais conhecidos e comuns de fraude. Para que não restem mais dúvidas, vamos esclarecer item por item. Você vai perceber que a ousadia e a criatividade dos fraudadores digitais não têm limites.
- Malware – O termo vem de software malicioso (malicious software). Trata-se de um programa que tem como objetivo infectar o computador de um usuário para capturar seus dados pessoais. Os mais conhecidos são: vírus, spyware e cavalo de troia, por exemplo.
- Ransomware – É mais um malware. Seu objetivo é criptografar os dados de um sistema para que o usuário perca o acesso e o controle das informações. Para recuperar, precisa pagar resgate. Há centenas de casos de pessoas famosas que foram vítimas ou chantageadas para que seus dados pessoais, fotos e vídeos não fossem vazados.
- Credendial stuffing – Outro tipo de golpe bem habitual. O fraudador captura os dados do usuário e faz testes em outros sites e plataformas para ver se foram repetidos. É comum o usuário usar a mesma senha e até login em diversos serviços online. Assim, o fraudador descobre e usa os dados.
- Phishing – É o mais comum de todos. Vem da junção de palavras em inglês: phreaking + fishing. O fraudador literalmente tenta pescar os dados da vítima na internet. Em geral, usa mensagens de e-mail, SMS, aplicativos ou monta sites falsos para capturar os dados pessoais do usuário, e, assim, aplicar golpes.
Entre os tipos de phishing mais habituais, estão:
- Blind phishing – Disparo de e-mails falsos com link ou um anexo que, ao ser clicado, instala vírus no equipamento.
- Smishing – Mensagens por SMS para o celular que instigam a vítima a tomar uma decisão rápida. Por exemplo: vai perder um prêmio, um grande desconto ou outra vantagem fantástica.
- Scam – Tenta conseguir informações pessoais através de links ou arquivos com vírus. Nesse caso, o contato pode ser via telefone, redes sociais e mensagens por diversos meios.
- Clone phishing – O site é clonado para atrair os usuários, que acreditam que é um ambiente seguro, mas têm seus dados financeiros, por exemplo, roubados.
- Pharming – É uma variação do clone phishing. Nesse caso, o tráfego do site é manipulado para direcionar o usuário a um site falso para capturar dados.
- Spear phishing – O ataque aqui é a um grupo específico ou a um banco de dados determinado. Por exemplo, quando os fraudadores invadem serviços de streaming ou de transporte particular de passageiros, como ocorreu recentemente.
- Whaling – Este é direcionado a executivos com altos cargos, para obter acesso a dados confidenciais ou dinheiro.
- Vishing – Neste caso, usa-se a voz para aplicar o golpe. Por exemplo: em um telefonema, o fraudador exige uma ação imediata da vítima.
Diferenças entre segurança e privacidade digital
O primeiro passo é entender as diferenças entre segurança e privacidade. Por exemplo, a segurança visa preservar e proteger os dados pessoais ou de uma empresa contra fraudadores e os vários riscos, como vimos, a que estamos submetidos no mundo virtual.
Qualquer ataque que tenha como objetivo capturar dados – seja de uma pessoa, grupos de pessoas ou corporativos – pode causar prejuízos incalculáveis, sem falar na dor de cabeça para recuperar o acesso a sistemas e às informações.
Não são incomuns os casos de empresas que tiveram os dados de seus clientes expostos. Até mesmo o Banco Central comunicou no início deste ano o vazamento de 160 mil chaves Pix, o segundo desde que o sistema foi criado em 2020. O BC alegou que vazaram dados cadastrais que não afetam a movimentação de valores. Mesmo assim, quem teve os dados vazados foi exposto. Nestes casos, um dos caminhos é entrar no site Registrato, do Banco Central, para verificar se o seu CPF está atrelado a contas, empréstimos etc.
Cuidados para manter a segurança digital e a proteção de dados
Não podemos esquecer que a cada minuto acontecem no Brasil até quatro tentativas de fraude, segundo dados do mercado. Os alvos preferenciais são as instituições financeiras, programas de fidelidade e criptomoedas. Além disso, os tipos de fraude e os métodos são constantemente atualizados pelos fraudadores. Portanto, é muito importante ter ferramentas especializadas para garantir a segurança digital e dos dados que estão em posse da sua empresa.
Por isso, também o fluxo da informação dentro de uma instituição é extremamente importante. Em geral, há equipes especializadas em verificar como os dados são coletados, distribuídos e usados.
As equipes de TI trabalham com ferramentas e protocolos que ajudam a classificar a informação, gerenciado o acesso a elas e estabelecendo níveis de permissão para os acessos. Quanto mais sensíveis os dados, mais segurança e cuidados envolvidos.
E quanto mais delicados os dados armazenados, mais robustos devem ser os programas antifraude e firewalls disponíveis. Outra dica é contar com certificados digitais, como o SSL, que criptografa informações para protegê-las.
O objetivo desses profissionais é atuar para que a empresa tenha permissão para armazenar essas informações, enquanto a equipe de segurança da informação atua para evitar o vazamento.
Quais cuidados o cliente precisa ter para garantir a segurança digital de suas informações?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi um avanço na proteção de informações sensíveis. Em vigor desde setembro de 2020, a LGPD tem como propósito estabelecer como os dados, em meio físico ou digital, provenientes de pessoas ou empresas, devem ser protegidos.
A partir da lei, houve uma corrida para adequar sistemas e processos à nova legislação. Embora as empresas tenham rígidos protocolos de segurança digital, é importante que o usuário também cuide de seus dados pessoais.
Para isso, precisa usar senhas fortes que combinem letras, números e símbolos, além de não acessar links e tampouco entrar em sites ou baixar arquivos desconhecidos, ou ainda clicar em promoções-relâmpago de remetentes suspeitos. Outra dica é manter os antivírus ativos em seus dispositivos (computadores, especialmente) e não usar dados pessoais em redes públicas ou abertas (wi-fi).
Como montar um eficiente sistema de segurança digital
A eficiência na segurança digital é um desafio de equilíbrio entre a facilidade de uso dos sistemas pelos clientes e a minimização do risco de fraudes, acessos indevidos, e outros tipos de ataques que podem acontecer. Existem diferentes ferramentas que podem ser empregadas nesse escopo, e o formato ideal depende tanto do nível de segurança desejado quanto do tipo de mercado em que a empresa atua.
A BigDataCorp possui diversas ferramentas que ajudam as empresas a atingir esse ponto de equilíbrio. Os dados do BigBoost, por exemplo, podem ser empregados em estratégias de validação de identidade preventiva, e as funcionalidades antifraude do BigId conseguem confirmar de forma automática se qualquer pessoa ou empresa é ela mesma.
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