Já pensou sobre o tamanho da sua pegada na internet? Essa não é uma pergunta sem sentido. Sabia que cada clique no mundo virtual, interação em sites ou redes sociais, notícias lidas ou mesmo compras on-line feitas deixam rastros com dados que podem ser capturados por empresas? O uso deles não é um inimigo ou um vilão. Mas a falta de segurança de dados pode ser, como veremos neste conteúdo.
Sumário
- É possível manter a segurança de dados na internet?
- Como manter a segurança de dados pessoais na internet?
- O que diz a lei de segurança de dados?
- Como está a segurança em banco de dados na sua empresa?
É possível manter a segurança de dados na internet?
Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizada para avaliar a percepção das pessoas sobre segurança de dados no Brasil e crimes com violação de dados pessoais, mostrou que a maioria das pessoas ouvidas (53%) acha que tem controle sobre seus dados. Embora seja maioria, ainda há uma parcela expressiva (44%) que acredita ter pouco ou nenhum controle.
Realizada em 2021, a pesquisa revelou ainda que, mesmo as pessoas acreditando que tem algum controle, a captura de dados por companhias e até governos preocupa. Os resultados fazem parte da 7ª edição do Observatório Febraban – Pesquisa Febraban-IPESPE.
Segundo ainda dados da Febraban, no primeiro bimestre de 2021 ataques com phishing (um sistema de fraude que captura dados) cresceu 100% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Já os golpes envolvendo falsas centrais telefônicas tiveram aumento de 340%.
Ao mesmo tempo em que esse tipo de ataque aumenta, também aumentam as camadas de proteção. Portanto, é possível manter a segurança de dados, mas essa preocupação deve começar com o usuário. Um dos cuidados essenciais é prestar atenção justamente aos rastros deixados na internet.
Como manter a segurança de dados pessoais na internet?
A segurança de dados envolve ficar atento principalmente ao tipo conteúdo que publica ou site visitado. Portanto, é muito importante prestar atenção:
- Às informações que são fornecidas on-line;
- Às senhas que usa. O ideal é trocá-las frequentemente, especialmente as usadas em e-mails, redes sociais e apps de bancos ou cartões;
- Aos links desconhecidos: jamais clique em links enviados por fontes desconhecidas. Antes de clicar, verifique a origem da mensagem e seu remetente;
- À função de segurança “duplo fator de ativação”: Use-a sempre que tiver essa opção em e-mails, redes sociais, aplicativos.
- Às compras on-line: evite salvar login e senhas, assim como cartões de crédito, em sites de compras, mesmo os que você usa com frequência;
- Ao que compartilha nas redes sociais: Algumas informações podem dar pistas sobre seu perfil e comportamento, como locais que frequenta e hábitos de consumo, o que abre brechas para os cibercriminosos.
A segurança de dados precisa ser uma preocupação comum a empresas e usuários. Por isso, pelo lado das companhias é importante contar com equipes capacitadas para reduzir as chances de fraude e a vulnerabilidade dos sistemas.
Isso é possível por meio de ferramentas específicas que ajudam a proteger os dados dos usuários e também das companhias, como softwares, firewalls, biometria — para citar apenas alguns. Além disso, essas proteções ajudam a compartilhar informações on-line de maneira muito mais segura.
Pode ser preventiva, quando investe-se em mecanismos para evitar o vazamento ou compartilhamento de informações, ou reativa, quando tem como objetivo reduzir os dados após a exposição.
Além disso, a segurança de dados está alicerçada sobre alguns aspectos bem definidos, como confidencialidade (garantia de que apenas pessoas autorizadas podem acessar determinados dados), integridade (quando preserva-se a integridade e veracidade dos dados), conformidade (cuida para que os dados estejam em concordância com a legislação em vigor) e disponibilidade (os dados devem ficar acessíveis para quem tem autorização para acessá-los).
O que diz a lei de segurança de dados?
A cada dez empresas com sede no Brasil, quatro tomam medidas para evitar o vazamento de dados pessoais e sigilosos, segundo estudo do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).
O levantamento foi feito tomando por base a resposta de mais de 4 mil empresários entre agosto de 2021 e abril de 2022. O Cetic também revelou que as ações preventivas para evitar o vazamento de dados cresceram 42% nos últimos dois anos, assim como aumentaram em 10% os ataques aos dados nos primeiros meses de 2021.
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), aprovada em setembro de 2021, para organizar e disciplinar esse mercado, fez com que os dados fossem tratados pelas empresas com mais responsabilidade, respeito e segurança, sem expor seus proprietários (usuários).
Na verdade, à medida que melhorou o acesso das pessoas à internet e aos aplicativos, uma quantidade maior de dados passou a circular livremente pela internet. A diferença é que antes da LGPD não existiam normas. Essas informações circulavam em uma área cinza, estando praticamente à mão de qualquer pessoa ou, pior, cibercriminosos.
Conforme aumentaram as fraudes e, consequentemente, os prejuízos para as empresas pelo mau uso de dados ou mesmo pela captura sem consentimento do usuário, acendeu-se a luz de alerta. O peso na reputação e nas finanças, que não é pequeno, foi decisivo para impulsionar a criação de marcos regulatórios.
Especialistas acreditam que por ano no mundo o prejuízo com o vazamento de dados seja da ordem de US $4 milhões. Portanto, o mercado se adaptou e rapidamente criou mecanismos para normatizar o uso dessas informações para proteger tanto o usuário como o caixa das empresas.
A LGPD brasileira segue o modelo adotado na Europa e une mais de 40 estatutos distintos que governam os dados pessoais, seja no meio on-line ou off-line. Embora afirmem conhecer a LGPD, mais de 70% das empresas ainda não estão preparadas para seguir a nova legislação.
O brasileiro também desconhece a importância dos dados. O mesmo estudo da Febraban, já citado neste conteúdo, revelou que 37% dizem conhecer “muito bem” ou “mais ou menos” a LGPD, enquanto 60% dizem “ter ouvido falar”.
Como está a segurança em banco de dados na sua empresa?
Por isso, é tão importante destacar a importância dos dados para as empresas e cidadãos, fazendo com que compreendam que a forma como as suas informações são tratadas faz toda a diferença entre ficar mais exposto — e, portanto, sujeito a riscos — ou mais protegido.
No caso das empresas, é extremamente importante valorizar a segurança do banco de dados, reforçando-o com os seguintes cuidados:
- Criptografia – Converte os dados em códigos que não são facilmente decifrados;
- Armazenamento em nuvem – Este é um recurso disponível tanto para pessoas como para empresas. Além de proteger os dados de panes em sistemas e aparelhos, tem várias camadas de segurança;
- Gerenciar e cuidar da manutenção de servidores remotos – O ideal é contratar uma equipe especializada para avaliar se os servidores estão protegidos, por camadas robustas de firewall, dos ataques de fraudadores;
- Faça backup – Proteja as informações de sua empresa e clientes fazendo backup dos dados com frequência. Lembre-se que uma falha ou invasão pode derrubar a reputação da empresa e causar um rombo no seu caixa;
- Invista na autenticação com dois fatores – Assim, você fica seguro de que apenas o pessoal autorizado terá acesso ao banco de dados;
- Siga a LGPD – Faça todos os esforços para se adaptar e adequar a empresa à LGPD e às demais normas.
A dificuldade para lidar com tantas ferramentas é relativamente normal. Por isso, é essencial contar com soluções, que não apenas guardem os dados, mas os protejam.
Converse com o nosso time e saiba como podemos ajudar para maximizar o uso dos dados em sua companhia.