Uma coisa é certa: quando se fala em proteção de dados, o que parecia suficiente até agora, provavelmente não será mais em 2023, por conta de uma série de razões.
Uma delas é que, desde a publicação, em 2018, da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o mercado mudou. O que antes parecia uma perspectiva distante, já começa a fazer parte do dia a dia das pessoas.
Sumário
- Lei geral de proteção de dados também no metaverso?
- Com a internet das coisas (IoT), a proteção de dados também vai exigir adequações
- Cuidado com a privacidade e a proteção de dados
- Afinal, o que é a proteção de dados?
- Proteção de dados: mais do que uma tendência, será uma alternativa para gerar estratégias
Lei geral de proteção de dados também no metaverso?
O brasileiro, tão ligado à inovação, está sendo atraído cada vez mais para esse ambiente virtual. Essa migração, embora não seja tão intensa, é constante. Tanto que os especialistas afirmam que, em três anos, a cada 100 pessoas, 25 vão passar no mínimo uma hora nessa nova realidade, comprando e exercendo suas atividades de rotina.
Na verdade, o metaverso já vem sendo apontado como um espaço para experiências e aprendizados. De olho nesse potencial, grandes lojas estão ampliando seus domínios para esse ambiente, com a expectativa de que seja mais do que um canal de relacionamento, seja um meio de vendas.
Dessa forma, a lei de proteção de dados vai se estender ao metaverso porque mais dados vão circular, como os relacionados à aparência que as pessoas vão assumir nesse ambiente, à maneira como vão expor seus dados pessoais, etc. Isso exigirá das empresas que estiverem nessa realidade mais capacidade para lidar com dados para protegê-los, a fim de que não sejam expostos ou comercializados ilegalmente.
Com a internet das coisas (IoT), a proteção de dados também vai exigir adequações
Além do metaverso, outra realidade mudando comportamentos é a Internet das coisas (IoT). Estaremos cada vez mais conectados, seja por meio de celulares inteligentes, acessórios que podem ser vestidos (a exemplo de óculos e relógios), ou outros dispositivos que ainda estão em desenvolvimento.
Essa hiperconectividade está revolucionando a forma como o ser humano interage com a tecnologia, como a consome e, claro, como seus dados são expostos na rede, representando novos desafios para os especialistas em proteção de dados.
Um levantamento feito pela consultoria Market and Markets revela que o mercado de IoT deve crescer de US $385 bilhões em 2021 para US $566,4 bilhões até 2027. Esse crescimento será resultado de uma série de fatores, como o avanço da tecnologia 5G, o surgimento de mais plataformas para armazenamento em nuvem e até melhores soluções que virão com o IPv6, a versão mais atual do protocolo de internet.
Apenas na América Latina, o número de conexões de IoT vai saltar, até 2025, de 536 milhões para mais de 1 bilhão. Diante desse crescimento, as dúvidas em relação ao compartilhamento de dados por meio dos novos dispositivos que estarão conectados diretamente à internet também aumentam. Então o que fazer?
Nessa área, os profissionais de segurança de dados vão precisar buscar soluções que permitam expor informações, sem deixar a proteção de lado, uma vez que a falta de segurança de dados pode ser um inimigo.
Cuidado com a privacidade e a proteção de dados
Governos e empresas serão ainda mais desafiados em 2023. À medida que produtos e serviços se expandem, cresce proporcionalmente a preocupação com a proteção de dados.
A tecnologia emergente leva à criação de mais mecanismos de proteção, como em um círculo virtuoso. Basta ver o Safety ++, um ecossistema IoT de elementos vestíveis conectados para melhorar a segurança no local de trabalho na área de energia, que já era estudado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em 2017.
Como a segurança é uma séria preocupação no segmento de energia, mesmo com toda a proteção de equipamentos e protocolos, o comportamento ainda é a principal causa de incidentes. E foi isso que levou ao desenvolvimento do Safety ++.
No caso das empresas e dos governos, os desafios envolvem lidar especialmente com a Inteligência Artificial (IA), uma forte tendência para 2023. Como fazer com que os algoritmos usados consigam respeitar a privacidade e a proteção de dados?
Como controlar o acesso à quantidade de ativos necessários para que a IA ofereça os serviços e produtos mais assertivos para o setor de vendas, o financeiro e até mesmo o poder público? Quanto mais informações disponíveis que permitam detectar padrões, melhor o desempenho da IA, assim como os mecanismos de segurança digital e de proteção de dados.
Afinal, o que é a proteção de dados?
É verdade que a proteção de dados, processo de resguardar informações que podem ser perdidas ou utilizadas de forma inapropriada por outros (empresas, pessoas, etc.), avançou no país com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
No entanto, os desafios impostos pelas novas tecnologias (metaverso, IoT ou IA) exigem constante aperfeiçoamento por parte dos técnicos que armazenam e lidam com dados sensíveis.
Alguns desses assuntos (parte já foi, de certa forma, contemplada na LGPD) estão sob análise dos parlamentares na forma de Projetos de Lei. Um deles é o PL 5051/2019, que tramita no Senado Federal e dispõe sobre os parâmetros da IA que precisam de supervisão humana para serem mais confiáveis, ou até mesmo o PL 21/20, que define um marco legal para a IA no país.
O que podemos concluir é que, à medida que a tecnologia avançar, precisaremos ser ainda mais vigilantes e adaptáveis. Teremos que examinar a regulamentação de proteção de dados continuamente para coibir o uso inadequado desses ativos.
Proteção de dados: mais do que uma tendência, será uma alternativa para gerar estratégias
Nossa preocupação será cada vez mais sobre evitar que os algoritmos e suas combinações impliquem em discriminação ou exposição desnecessária de dados ou pessoas. Mas quais serão os limites em uma vida hiperconectada?
A proteção de dados não será apenas uma tendência, mas uma necessidade que garante o sigilo desses ativos e ainda ajuda a gerar estratégias de negócios, qualquer que seja o ambiente cibernético em questão.
Sem dúvida, lidar com tantas inovações e adaptações vai requerer experiência. E na missão de conseguir os melhores dados do mercado, adequados à LGPD, a BigDataCorp pode ajudar.
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